sábado, 19 de março de 2011

Vigia das Cruzes

Sábado, dia 12 de Março, dois bravos e mais dois bravíssimos (explicarei mais tarde), juntaram-se pelas 8h15 da manhã na estação de comboios de Sernada do Vouga para conquistarem a Vigia das Cruzes. Ninguém conhecia essa elevação, e apenas um (eu) tinha uma ideia vaga de onde seria, logo eu, com o meu GPS de bolso (partes do percurso imprimido numas folhas), fui o guia da volta! O dia começou feio a ameaçar chuva, e depois de chegados eu e o Vaia, passado algum tempo chegam os tais bravíssimos, que vieram de bike desde Aveiro, acabando o dia com o o dobro da nossa quilometragem. Isso nem seria nada de especial, não tivesse sido este treino um empeno daqueles!...


Começada a volta, rolámos durante uns kms pela ciclovia da linha do Vouga, até cortarmos para o trilho em direcção à eólica da A25. Estamos a falar de muitos kms a subir, com subidas curtas e muito inclinadas misturadas com subidas longas. Esta foi a fase em que eu não me senti nada bem... A constipação que me atacava há umas semanas, mas com mais força nessa semana, mostrou a sua força, e naqueles primeiros kms a subir, senti-me sem ar e sem forças para acompanhar os restantes colegas, gente de muita pedalada... E sabendo que o que vinha aí era pior, fiquei um pouco apreensivo quanto ao cumprimento do objectivo. Mas entretanto, lá ganhei o meu ritmo, ideal para as minhas condições desse dia, e comecei a sentir-me melhor. Finalmente chegámos junto à eólica, e preparámo-nos para... continuar a subir! Neste momento já tinhamos passado dos 15m para os 400m, mas depois de um pequeno sobe e desce, dos 400m subimos até aos 781m, local onde se encontrava o objectivo da volta - a Vigia das Cruzes. A esta subida acrescentámos duas pequenas subidas devido a um (dois) enganos do guia... eh eh! Com essa brincadeira, foram mais 100m de acumulado! :-) Esta segunda parte da subida foi a mais espectacular e a que mais dificuldade deu, tanto devido à dificuldade técnica, com subidas longas, inclinadas e cheias de regos e calhaus soltos, mas também pelo desgaste que a já difícil subida para a eólica dá.





Entretanto, tanto ameaçou, que acabou mesmo por chover, tendo chegado ao topo com chuva forte e vento. Foi uma subida potente e exigente, e no meu caso, a ameaçar caimbras, que felizmente, e devido à gestão que fiz, não se concretizaram. Ainda deu para algumas fotos desta subida e do topo, mas infelizmente, a chuva e o nevoeiro não permitiu mais, e nem sequer pudemos ver a paisagem, certamente fantástica, do redor da Vigia das Cruzes. Para quem sabe onde é, perceberá que dali a vista só pode ser espectacular.



Como esta longaaaaa subida acabou por durar mais do que se tinha previsto, acabámos por fazer o percurso de volta por alcatrão, ao contrário dos restantes trilhos. A descida até ao rio Vouga, que durou kms, foi completamente vertiginosa, com descidas muito inclinadas e curvas apertadas, a juntar ao piso molhado e à chuva forte a massacrar o corpo. Normalmente gosto de descer, mas esta custou-me um pouco! eh eh! Chegados ao rio Vouga, foi rolar até Sernada do Vouga. Aqui, cometi um erro: tentei acompanhar a pedalada dos dois que tinham vindo de Aveiro, gente como disse atrás, de muita pedalada. Durante uns bons kms, aguentei bem o ritmo, e iria continuar mais alguma tempo, até que, caimbras, uma em cada gémeo, fizeram-me abrandar consideravelmente, e rolar os últimos kms lentamente até à chegada.

Apesar dos percalços, da minha condição de saúde e do tempo péssimo, foi um grande dia de BTT, a fazer-me pensar em voltar a essa vigia, mas agora, num dia mais solarengo!


saída - 8h30
chegada - 13h30
distância - 63km
tempo a pedalar - 4h15
acumulado - 2000m*


*no site indica 2250, mas as zonas junto ao rio estão com algumas elevações que não existem na realidade, ou seja, nessa zona o percurso está mal construído. Por isso retiro parte do acumulado dessa zona. Se juntar os 100m das subidas que fizemos por engano, faz os 2000m de acumulado.

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