segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Meia Maratona "Nos Trilhos da Raia"

Foi a minha primeira participação nos Trilhos da Raia, e também a primeira vez que pedalei pelas terras raianas. Desde já digo que gostei e recomendo!

Sendo Idanha a Nova ainda longe, aproveitámos, eu e a minha esposa, juntamente com o meu amigo Morgado e a sua respectiva, para ir de fim de semana. Era então sexta feira, e lá rumámos a Idanha. Foram dois dias espectaculares, com muito turismo, algumas caminhadas, boa comida, e ainda, de descontração! Aquela zona, além de lindíssima, é um paraíso para quem gosta de Natureza e de desportos de contacto com a Natureza, mas também, para quem, como eu, gosta de História, pois Idanha a Velha, e Monsanto, (entre outros, mas estes foram os locais para os quais tivemos tempo de visitar), são autênticos museus de História, tanto dos tempos antigos, mas também, de modos de estar na vida e costumes já quase perdidos! Muito bom! Já conhecia a zona, mas há muito que não a visitava, e realmente valeu a pena!







Quanto à prova em si, a sua fama precede-a! E realmente, tirando um ou outro pormenor, as expectativas não foram defraudadas, antes pelo contrário.


Pontos positivos:

- organização excelente, onde apesar do número alto de participantes, tudo parecia feito naturalmente, sem stresses ou confusões;
- percurso fantástico, mesmo ao meu gosto, muito diversificado, durinho, e com paisagens deslumbrantes;
- ambiente espectacular durante o fim de semana, com muito atletas a invadirem Idanha, e a serem bem recebidos;
- almoço muito bom, muito bom mesmo.


Pontos menos positivos:

- a organização deveria repensar aquela parte final em alcatrão, antes da chegada à meta, pois não se acautelou a segurança dos atletas, com muitos carros a passar, e sem membros da organização a controlar a situação.


Percurso:

Costumam referir-se a Idanha e à zona envolvente, a catedral do BTT. Não sei se será mesmo assim, pois Portugal é rico em locais fantásticos para se pedalar, mas que este é um desses locais, aí não restam dúvidas! Apesar do pó e a secura dos terrenos, o percurso foi fantástico, muito equilibrado, com uma zona de sobe e desce, outras mais para rolar, e ainda, zonas bastante técnicas, e quase sempre com um piso que endureceu em muito a prova. As paisagens, fenomenais, e na passagem pelas aldeias de Proença a Velha e Idanha a Velha, principalmente nesta última, muita gente a ver e a apoiar. Fiquei fã dos trilhos da Raia! Eh eh!




Prestação:

Nas minhas últimas provas, como já referi neste blog, tinha andado a sentir um cansaço anormal, por isso, fiz uma semana de descanso activo, onde não deixei de treinar, mas os treinos tiveram menor intensidade, e de seguida, da semana imediatamente anterior à prova, então sim, aumentei novamente o ritmo, e cheguei ao dia da prova na expetativa de não sentir novamente o tal cansaço. Pois assim foi! Apesar de um stress mesmo antes do início da partida, o que me obrigou a sair do meu local de saída, e partir um pouco mais atrás: descobri que no aquecimento tinha passado por onde não devia, e tinha quase 15 picos enormes nas duas rodas Tirei-os, as rodas perderam ar, tive que as encher (o líquido fez o seu papel, e fê-lo muito bem), e no final, ainda descobri que tinha mais uma mão cheia deles pequenos lá enfiados. Isto tudo quando faltavam poucos minutos para a partida. Já não estava para me chatear, e confiei que corresse bem, o que acabou por acontecer! Tirando uma pequena quebra durante alguns kms antes da separação entre os 75 e os 50, consegui imprimir um ritmo alto toda a prova, principalmente após a separação, quando deixei de ter tanta confusão à minha volta. Acabei por conseguir uma classificação que considero muito boa, e talvez a minha melhor de sempre: 37º em 405 atletas nos 50km. Ainda referir a prova do meu amigo Pedro Morgado, que apesar de alguns problemas mecânicos, mesmo assim conseguiu um excelente 14º lugar! Muito bem!




Para finalizar em beleza, uma conversa e uma foto com o grande campeão Marco Chagas!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Meia Maratona BTT Cocheiros

Três e meia da manhã, acordo. Olho para o telemóvel e vejo as horas. Tinha colocado o despertador para as 3h45, mas a ansiedade despertou-me mais cedo. Era dia de prova, e o local era nos confins de Portugal, mais precisamente, em Santo Aleixo da Restauração, próximo de Barrancos. St. Aleixo é uma bonita aldeia alentejana, rodeado de serras com pouca altitude, mas tipo carrossel, que viemos a descobrir, com muito sobe e desce, autêntico quebra-pernas.

O pessoal da Herbalife Team fez com boa disposição a longa viagem, na expectativa de uma prova bem organizada e com um percurso exigente e de beleza paisagística. Felizmente, foi isso que aconteceu, e viemos de lá com a sensação de expectativas superadas.


Pontos positivos:

- secretariado rápido e bem organizado;
- as lembranças (se bem que sejam o menos importante), foram muito boas dada a organização pequena e de uma aldeia alentejana: oferecer um Jersey, um bidon, mais umas coisitas além de tudo o resto que se pede numa prova, é muito bom para 20€.
- ambiente da aldeia, toda envolvida neste evento, dando um bonito colorido à prova, e um apoio popular muito apreciado, principalmente na chegada, digna de qualquer chegada de alguma prova oficial! Muito bom!
- condições oferecidas foram as adequadas, e as exigíveis dado ser uma pequena aldeia com (muito) poucas infraestruturas;
- Percurso tipicamente alentejano, bonito e duro qb, como se pretende.
- almoço, era razoável, e muito mais não se pode exigir, e não faltou a bela do fino à descrição, o que num dia de autêntico Verão, veio mesmo a calhar!




Pontos menos positivos:

- nas condições oferecidas, houve para mim uma grande falha: as casas de banho foram poucas, muito poucas.

Não houve, na minha opinião, pontos negativos.



Percurso:
Percurso tipicamente alentejano, com a particularidade de ser uma zona serrana e logo, sem praticamente, zonas para rolar, mas sim, e apenas, subir e descer. Foram quase 50km sempre do mesmo, ora subia-se (e muitas vezes com uma inclinação significativa), ora descia-se. Um autêntico parte-pernas, onde não havendo grandes subidas, no final, tivemos quase 1000m de acumulado. Para o Alentejo, é obra! Apesar de algo duro, como eu gosto, e apesar do calor, absolutamente impróprio para Outubro, foi um percurso agradável de se fazer. De referir aquela rampa brutal antes da recta da meta, com uma inclinação enorme e com muita gente a apoiar! Eh eh





Prestação:
Apesar de ter sido um óptimo dia de BTT, e apesar da boa classificação, não gostei muito da minha performance. Senti-me muito cansado, poucos kms após o início, e assim foi quase até ao fim. Tentei colocar um ritmo constante e elevado, mas a dada altura, o ritmo era constante, mas não muito alto, e durante esse período (quase até aos 40km), fui, ora sendo ultrapassado, ora conseguindo-me manter com um grupo à vista. Ainda por cima, poucos kms após o início da prova, ía eu a ganhar rapidamente lugares, quando me meto atrás de um grupo numeroso e vou atrás deles à confiança. Pois, acabámos todos num beco sem saída, onde a única solução era passar por cima de muro, onde só se conseguia passar um a um. Do outro lado do muro, onde passava o verdadeiro trilho, era vê-los aos magotes a passar por nós… E eu no fim do grupo, tive que esperar que todos saltassem o muro. Perdi ali minutos preciosos! Nos últimos 10km, quando me senti um pouco melhor, aumentei um pouco o ritmo, e aí, foi passa-los até ao fim! Só aí ultrapassei mais de 20 atletas, tendo no final chegado na 53ª posição, em 207 participantes na prova da meia maratona. Uma palavra para o meu colega Armindo, que desta vez chegou à minha frente, tendo feito um excelente 40º lugar! Quanto aos restantes elementos da Herbalife Team, todos conseguiram posições bastante razoáveis para o seu escalão etário!

Armindo Vieira – 40º
Filipe Araújo – 53º
João Pereira – 125º
Joaquim Cruz – 149º
Filipe Granjo – 163º