sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal e muitas pedaladas em 2012

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tróia-Sagres 2011

Objetivo cumprido!

Num evento cada vez mais direcionado para as rodas fininhas, lá fui eu com a minha bike de btt, com pneus médios 1.5, juntamente com o grupo Herbalife e o meu amigo Morgado, conquistar o extremo sudoeste do nosso país. (inicialmente tinha escrito a ponta mais ocidental da Europa, mas chamara-me à atenção que afinal o ponto mais a ocidente da Europa continental é o cabo da Roca, por isso, mea culpa)

O dia começou bem cedinho, antes das 5 da manhã! Depois do grupo juntar-se, rumámos a Tróia, local de partida desta grande aventura! Depois de dias e dias a adivinhar-se muita chuva e frio, aquele início de manhã afigurava-se bem mais agradável! Infelizmente, não durou muito, e a partir do Cercal, a chuva e o vento acompanharam-nos quase toda a viagem, e o frio, que era menor que nos dias anteriores, com o corpo molhado, tornou-se bem agreste! Poderei dividir esta aventura em três fases:


1ª fase: Tróia-São Torpes
Começámos por um ritmo moderado, não porque fosse uma fase com grandes dificuldades, mas com vista à gestão do esforço, já que ainda eram 204km, e o objetivo era chegarem todos e não fazer este ou aquele tempo ou média! Mais tarde, alguns imprevistos, como uma falha de comunicação, que me obrigaram a fazer 15km, depois de uma paragem devido a um furo, sozinho, para apanhar novamente o grupo! Foi um bocado chato, mas lá passou. A não ser que seja mesmo impossibilitado, eu cumpro os meus objetivos na íntegra! Nem que demore mais tempo! A ideia é essa, não? Entretanto, com mais uma paragem para outro furo e para o primeiro abastecimento, o ritmo perdeu-se.

Os cinco aventureiros (da esquerda para a direita): Filipe Granjo, Armindo Vieira, Joaquim Cruz, Filipe Araújo e Pedro Morgado.





2ª fase: São Torpes-S. Teotónio
A partir da primeira paragem, as dificuldades de um dos elementos, devido a uma má opção de calçado, agravaram-se, e para piorar a situação, começou a parte mais complicada da viagem, dado que havia mais subidas, e principalmente, muita chuva, vento forte e frio... Até aos 140km, foi um avanço lento e um pouco sofrido, por tudo o que foi dito atrás, e ainda, pelo início do maior desconforto na nuca e no traseiro.




3ª fase: S. Teotónio-Sagres
Depois da segunda paragem para abastecer, aos 140km, as coisas melhoraram. Eu vesti mais uns calções, que diminuíram bastante o desconforto atrás, e a nuca, com os exercícios que ia fazendo, começou a acalmar, e substitui algum do meu vestuário encharcado por outro seco. Entretanto, descobri o problema do nosso parceiro, e lá consegui resolver de forma a que conseguisse manter-se na viagem. O ritmo continuava lento, no entanto, era mais regular. A partir desta fase, houve uma espécie de separação. Os mais rápidos iam à frente, e os mais lentos, um pouco atrás, e a dada altura, houve mesmo separação. Encontrámos-nos novamente em Sagres. Nos últimos 40km o ritmo foi gradualmente aumentando, fruto de uma boa gestão do esforço e também, da motivação pelo aproximar da meta. Estes últimos kms acabaram por ser os mais fáceis, e talvez, os mais saborosos, com um bom ritmo, à noite e na companhia de outros aventureiros! Foi verdadeiramente, um "acabar em força"!




A partir do início dos problemas do nosso parceiro, mantive-me sempre junto a ele até ao fim da viagem, sempre na tentativa de apoiar e motivar para terminar a aventura! E esse foi também um objetivo alcançado! Foi um dia de grande aventura e de uma bela conquista, mas também de grande sofrimento e sacrifício. Parabéns ao meu sogro, que, apesar de todos os problemas, conseguiu chegar ao fim! Como já dizia o outro, a dor é temporária, mas a glória é eterna! E ao fim de alguns dias, depois das dores terem passado, o que fica é mesmo a sensação de "dever" cumprido, e a recordação de um momento de orgulho, de um momento de superação! Tal como na vida, e tal como diz o outro, a vida é uma maratona, e não um sprint, e como tal, há alturas melhores e piores, e para desfrutar dos melhores, temos que conseguir ultrapassar os piores!



O dia acabou às 4 da manhã, depois de uma longa viagem, com paragem para jantar na Guia, onde saboreámos o seu famoso frango, enquanto víamos o Real-Barcelona! eh eh! Que belo dia!




Resumindo, grande dia de ciclismo, com centenas e centenas de ciclistas e bttistas na estrada pela costa sul rumo ao extremo sudoeste do nosso país. A todos os que terminaram, parabéns, e aos que não terminaram, não desistam, para o ano há mais!


Deixo aqui o link para o rescaldo do meu amigo Morgado, um dos aventureiros que me acompanhou! Ler aqui.


Dados finais:

Hora de saída:8h
Hora de chegada: 19h30
204km
9h37 a pedalar
1390m acumulado

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Está quase a chegar o dia... Tróia-Sagres

Pois é, já falta menos de uma semana para um dos acontecimentos mais míticos do BTT/ciclismo em Portugal: o Tróia-Sagres. Este ano consegui convencer uns quantos a acompanhar-me, e desde aí, temos vindo a treinar focados nesse dia, de maneira a que se chegue lá, e inteiro! eh eh!

Para quem não conhece o "evento", deixo aqui o link para as informações e a história do "Tróia-Sagres", pela mão do seu mentor, António Malvar: ler aqui.

O início:



objetivo:

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Vídeo - 6 Horas Resistência de Beselga (26-06-2011)

O pessoal de Beselga já publicou o vídeo relativo às 6 Horas de Resistência de Beselga (podem reler o rescaldo aqui), onde eu e o meu sogro participamos. E lá parecemos nós em grande estilo! eh eh

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Maratona "Nos Trilhos do Ceireiro" - Beselga

Pelo 4º ano consecutivo, em meados de Novembro, em pleno Outono, rumo a uma pequena aldeia beirã na zona norte do distrito de Viseu, entre as vilas de Sernancelhe e Penedono! Essa pequena e granítica aldeia chamada Beselga, com um punhado de resistentes habitantes transforma-se por um dia, e passa a ser a capital do país para centenas e centenas de bttistas e seus acompanhantes. Nesse dia, de 100, passam quase a 1000! Esta, como não deixo nunca de repetir, é, entre vários eventos que tenho como imperdíveis, a minha preferida! O seu ambiente único, a sua organização impecável e os seus trilhos fantásticos, tornam esta romaria numa viagem anual obrigatória!



Este ano, finalmente, realizei um antigo “sonho” que era participar na distância maior. Dessa maneira, pude disfrutar de todos os trilhos, de uma maneira um pouco menos competitiva que nos anos anteriores. Foi uma experiência para repetir!


Pontos positivos:

- secretariado rápido e bem organizado;
- grande organização de uma pequena aldeia! Cada ano que passa mais me espanto com a capacidade de uma pequena aldeia e de uma pequena organização, com parcos recursos e estruturas de apoio, consegue fazer um evento tão bom! É um exemplo para muita gente!
- ambiente da aldeia, toda envolvida neste evento;
- Percurso fabuloso. Penso que, de todas as provas que já fiz até hoje, este talvez tenha sido o percurso que mais gostei. E olhem que já participei em muitas provas e já pedalei em muitos percursos fantásticos!
- almoço, como sempre, muito bom!
- tenho tido sempre sorte com o tempo, mas este ano foi demais: chuva, nem vê-la e até deu para ver alguns raios de sol. Muito bom!


Pontos menos positivos:

- na minha opinião, não houve.


Percurso:

Desde a primeira vez que fui a Beselga, uma das coisas que me apaixonaram logo de inicio foram os seus trilhos e as suas paisagens, e de todos, acho que este foi o meu preferido! Os seus trilhos caracterizam-se por ser muito equilibrados, onde se consegue ter grandes subidas, grandes descidas, zonas muito técnicas, algumas zonas onde se pode rolar um pouco, mas quase sempre, com pedra a acompanhar, exigindo sempre alguma técnica, atenção e um pouco do físico. Trilhos quase sempre estreitos, sempre com surpresas ao virar da esquina! E as paisagens? Que dizer? Simplesmente divinais! Aquelas serras, aqui e acolá povilhadas com vestígios de população, mas quase sempre com um toque de zonas selvagens e intocáveis há séculos, com uma vegetação já pouco vista no nosso país, que nesta altura outonal, se enche de cores garridas, que dão uma visão lindíssima daquelas terras esquecidas por muitos, mas sempre na cabeça de quem descobriu Beselga a pedalar! Passo o ano a sonhar com Beselga! Eh eh!
















Prestação:

Decidi ir a esta maratona numa lógica mais descontraída, onde iria dar o meu melhor, mas sem forçar em demasia, pois o meu treino está vocacionado para as meias e não para as maratonas. Iniciei assim a prova num ritmo moderado baixo, à procura de um ritmo que me permitisse fazer uma prova do início ao fim sem quebras de maior ou caibras, Assim, ao fim de alguns kms, com as boas sensações que senti, aumentei o ritmo e assim continuei quase até ao fim, fazendo uma prova de trás para a frente, onde raramente fui ultrapassado, bem pelo contrário. Fiz a prova num ritmo constante, sem quebras, com mais velocidade do que estaria à espera, acabando por fazer um resultado bastante bom para quem não está habituado a competir, e nos últimos 6 meses, a treinar nestas distâncias.



Dados:
70km
1400m acumulado
4h13 – tempo a pedalar
4h23 – tempo final
Classificação – 83º (classificações aqui)

Vídeo BTT (2)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Meia Maratona "TascaduXico" - Pinhal Novo

Pelo segundo ano consecutivo, participei numa das melhores provas a nível nacional. E isto diz tudo! Pinhal Novo mais uma vez recebeu muito bem os mais de 700 bttistas que lá se deslocaram, com expetativas altas, tanto a nível organizativo, como a nível do percurso, ou não estivéssemos a falar da "Serra Mãe"! Conheço já razoavelmente bem a Arrábida, mais, tal como no ano anterior, conseguiram surpreender-me com novos e espetaculares trilhos mesmo ao lado de casa! E esta, hein? Eh eh!



Pontos positivos:

- organização excelente, com muita, e simpática, gente a trabalhar para que este evento fosse o melhor possível;
- não necessitei de ir ao secretariado, pois podíamos levantar as dorsais em várias lojas da região (havia a opção de escolher o local de levantamento), e pude levantar uma semana antes em Palmela. Muito fixe!
- marcações impecáveis, sem engano possível;
- como disse atrás, percurso espetacular;
- abastecimentos (não utilizei grande coisa, mas deu para ver que estavam bem recheados);
- zona de partida/meta, com ótimas condições;


pontos negativos:

- não encontrei, nem sequer pontos menos positivos.


Percurso

Antes de mais, para quem não conhece, Pinhal Novo não fica na serra da Arrábida, mas a uns kms. Logo, obriga a fazer uma certa distância até lá chegar, o que faz desta prova bastante rolante. No entanto, o que aproveitamos da serra (na meia menos que na maratona, obviamente), faz esquecer tudo o resto, e mais uma vez, fomos presenteados com trilhos fantásticos, muitos deles que irão começar a fazer parte dos meus treinos na Arrábida. Uns primeiros 15km a rolar por estradões, onde o pelotão foi bem esticado, permitindo uma entrada no primeiro single track da Arrábida mais pacífica. A seguir a esse single, a subida de parte da "Cobra", e mais um single, este uma descida estonteante e bem inclinada que foi dar à "lagartixa". Mais uns singles, e lá chegámos à maior dificuldade do dia: a subida do Calvário. E o nome faz jus à sua dificuldade: inclinada, muito técnica, barrenta, acabou por ser feita, por mim e 99,9% dos atletas, em parte (uns mais, outros menos) à mão. Mas mesmo assim, nada que não se fizesse, e ainda por cima, acompanhados por umas placas de incentivo/humor negro! Eh eh! A seguir a essa subida, foram mais umas descidas alucinantes até à estrada dos "Barris", de onde depois subimos pelo estradão até ao "Cai de Costas" e mais à frente, mais uma descida espetacular em single até Cabanas de Azeitão. A partir daí, foi rolar por estradões, com alguma areia incluída, até Pinhal Novo.







Prestação

No dia anterior, de forma um pouco insensata, fomos fazer um treino, onde incluía a subida do Calvário. Foi feito a um ritmo baixíssimo, mas após uma semana de muitos treinos, acabei por sentir os seus efeitos. Foi pena, pois tinha como objetivo alcançar o top100, e na zona do percurso mais favorável, senti-me com falta de energia e pernas. Acabei por fazer 120º em 539, a menos de 3 minutos do meu objetivo. Foi uma prestação razoável, e nalguns aspetos, muito satisfatória. Não sou muito bom rolador, talvez por treinar pouco estrada, no entanto, vim melhorando neste último ano, e no último domingo já senti a evolução, pois nos locais onde normalmente tenho maiores dificuldades (início e final da prova a rolar), desta vez aguentei-me bem, principalmente no fim, quando, à semelhança no ano passado, fui ultrapassado por um grupo em ritmo superior, e tentei aumentar o ritmo e acompanhar esse grupo, mas este ano, ao contrário do ano anterior, consegui aguentar o ritmo altíssimo até ao fim, acabando por não perder lugares e até, ganhar alguns, de outros elementos por nós ultrapassados.
Uma palavra para o meu amigo Pedro Morgado, com mais uma excelente classificação, 28º, e para os elementos da Herbalife Team, que com maior ou menor dificuldade, chegaram ao fim com a sensação de dever cumprido e de uma grande manhã de BTT!

Filipe Araújo - 120º
João Pereira- 228º
Luís Granjo - 286º
Joaquim Cruz - 318º

Classificações AQUI



Reportagem da BTT-TV

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Meia Maratona "Nos Trilhos da Raia"

Foi a minha primeira participação nos Trilhos da Raia, e também a primeira vez que pedalei pelas terras raianas. Desde já digo que gostei e recomendo!

Sendo Idanha a Nova ainda longe, aproveitámos, eu e a minha esposa, juntamente com o meu amigo Morgado e a sua respectiva, para ir de fim de semana. Era então sexta feira, e lá rumámos a Idanha. Foram dois dias espectaculares, com muito turismo, algumas caminhadas, boa comida, e ainda, de descontração! Aquela zona, além de lindíssima, é um paraíso para quem gosta de Natureza e de desportos de contacto com a Natureza, mas também, para quem, como eu, gosta de História, pois Idanha a Velha, e Monsanto, (entre outros, mas estes foram os locais para os quais tivemos tempo de visitar), são autênticos museus de História, tanto dos tempos antigos, mas também, de modos de estar na vida e costumes já quase perdidos! Muito bom! Já conhecia a zona, mas há muito que não a visitava, e realmente valeu a pena!







Quanto à prova em si, a sua fama precede-a! E realmente, tirando um ou outro pormenor, as expectativas não foram defraudadas, antes pelo contrário.


Pontos positivos:

- organização excelente, onde apesar do número alto de participantes, tudo parecia feito naturalmente, sem stresses ou confusões;
- percurso fantástico, mesmo ao meu gosto, muito diversificado, durinho, e com paisagens deslumbrantes;
- ambiente espectacular durante o fim de semana, com muito atletas a invadirem Idanha, e a serem bem recebidos;
- almoço muito bom, muito bom mesmo.


Pontos menos positivos:

- a organização deveria repensar aquela parte final em alcatrão, antes da chegada à meta, pois não se acautelou a segurança dos atletas, com muitos carros a passar, e sem membros da organização a controlar a situação.


Percurso:

Costumam referir-se a Idanha e à zona envolvente, a catedral do BTT. Não sei se será mesmo assim, pois Portugal é rico em locais fantásticos para se pedalar, mas que este é um desses locais, aí não restam dúvidas! Apesar do pó e a secura dos terrenos, o percurso foi fantástico, muito equilibrado, com uma zona de sobe e desce, outras mais para rolar, e ainda, zonas bastante técnicas, e quase sempre com um piso que endureceu em muito a prova. As paisagens, fenomenais, e na passagem pelas aldeias de Proença a Velha e Idanha a Velha, principalmente nesta última, muita gente a ver e a apoiar. Fiquei fã dos trilhos da Raia! Eh eh!




Prestação:

Nas minhas últimas provas, como já referi neste blog, tinha andado a sentir um cansaço anormal, por isso, fiz uma semana de descanso activo, onde não deixei de treinar, mas os treinos tiveram menor intensidade, e de seguida, da semana imediatamente anterior à prova, então sim, aumentei novamente o ritmo, e cheguei ao dia da prova na expetativa de não sentir novamente o tal cansaço. Pois assim foi! Apesar de um stress mesmo antes do início da partida, o que me obrigou a sair do meu local de saída, e partir um pouco mais atrás: descobri que no aquecimento tinha passado por onde não devia, e tinha quase 15 picos enormes nas duas rodas Tirei-os, as rodas perderam ar, tive que as encher (o líquido fez o seu papel, e fê-lo muito bem), e no final, ainda descobri que tinha mais uma mão cheia deles pequenos lá enfiados. Isto tudo quando faltavam poucos minutos para a partida. Já não estava para me chatear, e confiei que corresse bem, o que acabou por acontecer! Tirando uma pequena quebra durante alguns kms antes da separação entre os 75 e os 50, consegui imprimir um ritmo alto toda a prova, principalmente após a separação, quando deixei de ter tanta confusão à minha volta. Acabei por conseguir uma classificação que considero muito boa, e talvez a minha melhor de sempre: 37º em 405 atletas nos 50km. Ainda referir a prova do meu amigo Pedro Morgado, que apesar de alguns problemas mecânicos, mesmo assim conseguiu um excelente 14º lugar! Muito bem!




Para finalizar em beleza, uma conversa e uma foto com o grande campeão Marco Chagas!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Meia Maratona BTT Cocheiros

Três e meia da manhã, acordo. Olho para o telemóvel e vejo as horas. Tinha colocado o despertador para as 3h45, mas a ansiedade despertou-me mais cedo. Era dia de prova, e o local era nos confins de Portugal, mais precisamente, em Santo Aleixo da Restauração, próximo de Barrancos. St. Aleixo é uma bonita aldeia alentejana, rodeado de serras com pouca altitude, mas tipo carrossel, que viemos a descobrir, com muito sobe e desce, autêntico quebra-pernas.

O pessoal da Herbalife Team fez com boa disposição a longa viagem, na expectativa de uma prova bem organizada e com um percurso exigente e de beleza paisagística. Felizmente, foi isso que aconteceu, e viemos de lá com a sensação de expectativas superadas.


Pontos positivos:

- secretariado rápido e bem organizado;
- as lembranças (se bem que sejam o menos importante), foram muito boas dada a organização pequena e de uma aldeia alentejana: oferecer um Jersey, um bidon, mais umas coisitas além de tudo o resto que se pede numa prova, é muito bom para 20€.
- ambiente da aldeia, toda envolvida neste evento, dando um bonito colorido à prova, e um apoio popular muito apreciado, principalmente na chegada, digna de qualquer chegada de alguma prova oficial! Muito bom!
- condições oferecidas foram as adequadas, e as exigíveis dado ser uma pequena aldeia com (muito) poucas infraestruturas;
- Percurso tipicamente alentejano, bonito e duro qb, como se pretende.
- almoço, era razoável, e muito mais não se pode exigir, e não faltou a bela do fino à descrição, o que num dia de autêntico Verão, veio mesmo a calhar!




Pontos menos positivos:

- nas condições oferecidas, houve para mim uma grande falha: as casas de banho foram poucas, muito poucas.

Não houve, na minha opinião, pontos negativos.



Percurso:
Percurso tipicamente alentejano, com a particularidade de ser uma zona serrana e logo, sem praticamente, zonas para rolar, mas sim, e apenas, subir e descer. Foram quase 50km sempre do mesmo, ora subia-se (e muitas vezes com uma inclinação significativa), ora descia-se. Um autêntico parte-pernas, onde não havendo grandes subidas, no final, tivemos quase 1000m de acumulado. Para o Alentejo, é obra! Apesar de algo duro, como eu gosto, e apesar do calor, absolutamente impróprio para Outubro, foi um percurso agradável de se fazer. De referir aquela rampa brutal antes da recta da meta, com uma inclinação enorme e com muita gente a apoiar! Eh eh





Prestação:
Apesar de ter sido um óptimo dia de BTT, e apesar da boa classificação, não gostei muito da minha performance. Senti-me muito cansado, poucos kms após o início, e assim foi quase até ao fim. Tentei colocar um ritmo constante e elevado, mas a dada altura, o ritmo era constante, mas não muito alto, e durante esse período (quase até aos 40km), fui, ora sendo ultrapassado, ora conseguindo-me manter com um grupo à vista. Ainda por cima, poucos kms após o início da prova, ía eu a ganhar rapidamente lugares, quando me meto atrás de um grupo numeroso e vou atrás deles à confiança. Pois, acabámos todos num beco sem saída, onde a única solução era passar por cima de muro, onde só se conseguia passar um a um. Do outro lado do muro, onde passava o verdadeiro trilho, era vê-los aos magotes a passar por nós… E eu no fim do grupo, tive que esperar que todos saltassem o muro. Perdi ali minutos preciosos! Nos últimos 10km, quando me senti um pouco melhor, aumentei um pouco o ritmo, e aí, foi passa-los até ao fim! Só aí ultrapassei mais de 20 atletas, tendo no final chegado na 53ª posição, em 207 participantes na prova da meia maratona. Uma palavra para o meu colega Armindo, que desta vez chegou à minha frente, tendo feito um excelente 40º lugar! Quanto aos restantes elementos da Herbalife Team, todos conseguiram posições bastante razoáveis para o seu escalão etário!

Armindo Vieira – 40º
Filipe Araújo – 53º
João Pereira – 125º
Joaquim Cruz – 149º
Filipe Granjo – 163º